Afinal, qual é o impacto da Inteligência artificial no mercado?
IA para negócios, dados, experiências, personalização e predição. Ela elevará o potencial da comunicação e da expansão do marketing para áreas ainda não ocupadas hoje.
Para efeito de um bom entendimento das proporções que essa ciência pode tomar no mundo dos negócios nos próximos anos, deve-se ter em mente o que ela significa. A inteligência artificial é a capacidade das máquinas (computadores, robôs, softwares, etc.) de aprender e compreender áreas do comportamento humano. Tal aprendizado se desenvolve na medida em que elas aprendem consigo mesmas e com o aprendizado de outras máquinas. Aos poucos, essa tecnologia é inserida em diversos setores da humanidade, proporcionando experiências aprimoradas de interação das pessoas com as marcas. Segundo o Gartner, principal empresa de pesquisa e consultoria do mundo, em 2020, cerca de 85% das interações dos consumidores com as companhias serão feitas sem a intermediação de humanos, com o uso de IA.
Ainda assim, máquinas e computadores não possuem completo entendimento sobre a linguagem humana. A necessidade do desenvolvimento de uma inteligência artificial mais adaptada ao modo de falar humano se torna fundamental, ao passo que empresas passam a investir em chatbots em seus sites e aplicativos. Os chatbots, programas que simulam um ser humano na conversação com as pessoas, são progressivamente mais capazes de entender emoções e guardar históricos de interações com os usuários. Isso só é possível com a integração entre a inteligência artificial e o big data, de forma a compreender padrões de clientes e consumidores, aumentando o potencial de negócios. Conforme as máquinas ficam mais inteligentes, a forma que elas captam, organizam e analisam dados também se torna mais eficaz e assertiva. A aplicação mais comum é no âmbito da mídia, mas há possibilidade de usá-la na área de conteúdo, CRM e aplicativos, por exemplo.
O varejo é outro campo que vem usando dados para direcionar ofertas e vender mais. Depois de muito tempo armazenando informações dos clientes inscritos nos programas de fidelidade, grandes marcas e plataformas de comércio eletrônico começam a utilizar-se do potencial dos dados para fomentar as vendas. As transações são convertidas em perfis de comportamento com base em ferramentas de IA e seus algoritmos, decifrando o estilo de vida dos consumidores. Além de oferecer produtos e serviços de acordo com o perfil do cliente, é possível apresentar produtos relacionados, elevando o ticket médio. Um grande caso de uso de dados é o do Grupo Pão de Açúcar. Antes, o grupo não utilizava sua base de dados de forma adequada. Agora, com os algoritmos, deixam de ofertar massivamente para chegar ao consumidor de forma individualizada.
Enfim, o processo básico para todas essas aplicações se fundamenta em estudos e dados cruzados. As perspectivas acerca dos usos da inteligência artificial serão amplificadas a cada dia daqui para frente, levando a personalização do marketing a extremos máximos, sendo possível prever como cada usuário e consumidor se comportará em relação a produtos e marcas. Assim, não adianta só fazer a oferta, a mensagem que chega deve gerar interesse e ser coerente com os hábitos das pessoas. Não haverá mais marketing sem IA, os tempos são outros. E é sensato por parte das marcas entender essa realidade e começar a praticar o quanto antes.
Ivana Avellar
Marketing e Produtos
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