Custo do crédito: o que é e como é calculado
O custo do crédito é um tema que impacta diretamente o resultado financeiro de empresas, especialmente daquelas que concedem crédito ou dependem dele para sustentar o crescimento.
Mas, o que poucos gestores percebem é que cada decisão tomada sem dados confiáveis aumenta o risco da operação e, consequentemente, o custo do crédito. Quando a inadimplência cresce, os juros sobem, as margens diminuem e o acesso ao crédito se torna mais caro, criando um ciclo difícil de romper.
Entender o que realmente compõe o custo do crédito é o primeiro passo para tomar decisões mais estratégicas envolvendo o risco do tomador, o cenário econômico e a capacidade da empresa de prever comportamentos.
Continue a leitura até o fim para entender como o custo do crédito é formado, por que ele aumenta em contextos de risco e como o uso de dados pode transformá-lo em uma vantagem competitiva real.
O que compõe o custo do crédito?
O custo do crédito representa o valor total que uma empresa ou pessoa paga para obter recursos emprestados ou, do ponto de vista de quem concede, o custo total de disponibilizar esse dinheiro no mercado. Ele é formado pela soma de juros, encargos, seguros e taxas administrativas, e tem como base o risco percebido na operação.
Quanto maior a probabilidade de inadimplência, maior será o custo do crédito, porque as instituições precisam se proteger contra possíveis perdas. É por isso que bancos e financeiras utilizam modelos de risco e análises detalhadas antes de liberar qualquer valor.
Quando uma empresa concede crédito sem usar dados precisos, ela aumenta esse risco e, consequentemente, paga mais caro para manter suas operações de crédito ativas.
Como calcular o Custo Efetivo Total (CET) de um empréstimo?
O CET é o indicador que mostra quanto um crédito realmente custa, considerando todas as taxas e encargos envolvidos, não apenas os juros. Ele é expresso em percentual anual e deve ser informado por lei em toda proposta de empréstimo, financiamento ou crédito pessoal.
O cálculo do CET considera três componentes principais:
- Taxa de juros: o valor cobrado pelo uso do dinheiro.
- Encargos e taxas administrativas: custos adicionais, como tarifas de análise ou manutenção de conta.
- Seguros e serviços obrigatórios: como seguros de vida, proteção financeira ou garantias do crédito.
Somados, esses elementos formam o custo real do crédito para o tomador e a margem líquida para quem concede. Empresas que não analisam o CET com precisão correm o risco de subestimar o impacto financeiro da inadimplência ou de aplicar taxas que não refletem o risco real da carteira.
Fatores que influenciam o custo do crédito
O custo do crédito é dinâmico e depende de uma série de fatores que variam conforme o cenário econômico, o perfil do tomador e a estratégia da instituição que concede o empréstimo. Entre os fatores mais determinantes estão:
Taxa Básica de Juros (Selic)
A Selic, definida pelo Banco Central, é a taxa de referência para toda a economia brasileira. Ela influencia diretamente o custo do crédito porque serve como base para remuneração dos títulos públicos e para o cálculo das taxas de empréstimos.
Quando a Selic sobe, o custo de captação de recursos aumenta e, com isso, bancos e empresas precisam repassar esse custo aos clientes. Por outro lado, quando ela cai, o crédito tende a ficar mais barato. No entanto, essa redução só é percebida integralmente em mercados onde há boa gestão de risco e baixa inadimplência.
Empresas que usam dados de forma estratégica conseguem manter suas carteiras mais saudáveis e se beneficiar mais rapidamente das quedas na Selic, já que operam com menor risco e maior previsibilidade.
Spread Bancário
O spread bancário representa a diferença entre o que as instituições pagam para captar recursos e o que cobram ao emprestar. Ele inclui custos administrativos, impostos, lucro e, principalmente, o risco de inadimplência.
No Brasil, esse indicador é historicamente alto, reflexo da incerteza em torno do pagamento das dívidas. Quanto maior o índice de inadimplência, maior tende a ser o spread e, portanto, mais caro o crédito.
Perfil do Tomador
O perfil do tomador é um dos fatores mais importantes na composição do custo do crédito. Ele envolve variáveis como histórico de pagamento, nível de endividamento, renda, comportamento financeiro e vínculos comerciais.
Clientes com bom histórico e estabilidade tendem a receber juros menores. Já perfis com dados incompletos, inconsistentes ou com indícios de inadimplência elevam o risco percebido e o custo da operação.
Cenário Econômico
O ambiente macroeconômico também influencia fortemente o custo do crédito. Em períodos de instabilidade, inflação alta ou desemprego crescente, a inadimplência tende a subir, o que leva as instituições a ajustarem taxas e critérios de aprovação.
Empresas que baseiam suas decisões em dados atualizados conseguem reagir com agilidade a mudanças de contexto, ajustando políticas de crédito antes que o impacto financeiro se agrave.
Como reduzir o custo de um empréstimo?
Reduzir o custo de um empréstimo é um desafio que exige estratégia, informação e controle de risco. Para o tomador, significa pagar menos juros; para quem concede crédito, significa operar com segurança e previsibilidade. Em ambos os casos, a chave está na gestão de dados e na qualidade da análise de risco.
Veja algumas práticas que ajudam a reduzir o custo de um empréstimo e a equilibrar a equação risco-retorno:
- Avaliar o perfil do cliente com profundidade. Ir além do score de crédito tradicional e analisar vínculos, histórico de comportamento e dados cadastrais atualizados aumenta a precisão da análise.
- Usar tecnologia de dados integrada. Plataformas como a TargetData reúnem múltiplas fontes de informação, cruzando dados cadastrais, mercadológicos e comportamentais em tempo real. Isso reduz incertezas e melhora a precificação.
- Monitorar continuamente a carteira. A análise de crédito não termina na concessão. Monitorar alterações cadastrais e sinais de inadimplência permite ajustes preventivos, evitando perdas futuras.
- Investir em compliance e governança. Uma operação em conformidade com a LGPD e com políticas claras de risco aumenta a credibilidade da instituição e reduz custos jurídicos e reputacionais.
Diferença entre taxa de juros nominal e Custo Efetivo Total (CET)
Embora pareçam sinônimos, taxa de juros nominal e Custo Efetivo Total (CET) são conceitos distintos.
A taxa de juros nominal representa apenas o custo básico do dinheiro emprestado. É o percentual que incide sobre o valor do crédito ao longo do tempo, sem incluir encargos adicionais. Em geral, é o número que aparece com mais destaque nas ofertas comerciais, mas não reflete o custo total da operação.
Já o Custo Efetivo Total (CET) inclui todos os encargos, tarifas, seguros e taxas administrativas aplicadas à operação. É o indicador que revela quanto realmente se paga ao final do contrato.
Por exemplo: um empréstimo com juros de 1,5% ao mês pode ter um CET de 2,1% quando considerados custos adicionais, como tarifas bancárias ou seguros obrigatórios. Essa diferença, quando multiplicada por dezenas ou centenas de operações, impacta significativamente o fluxo de caixa e o resultado financeiro.
Custo do crédito pessoal vs crédito automóvel
O custo do crédito varia conforme o tipo de operação, o risco envolvido e a existência (ou não) de garantias. Por isso, o crédito pessoal e o crédito automotivo apresentam estruturas de custo e risco bastante diferentes.
No crédito pessoal, o empréstimo é concedido sem garantias reais. A instituição financeira baseia sua decisão apenas no perfil do tomador, seu histórico de pagamento e sua capacidade de renda. Como não há um bem que possa ser recuperado em caso de inadimplência, o risco é maior e, portanto, as taxas de juros e o Custo Efetivo Total (CET) tendem a ser mais altos.
Já no crédito automóvel, o cenário muda. O veículo adquirido funciona como garantia do financiamento, o que reduz o risco para quem concede. Se houver inadimplência, o bem pode ser retomado, o que diminui as perdas e permite taxas menores. Além disso, os contratos de financiamento costumam ser mais longos, com regras claras e previsibilidade maior no fluxo de pagamento.
Custo do crédito habitação em 2025
O crédito habitacional é um dos segmentos mais sensíveis às variações econômicas, já que envolve prazos longos, valores altos e impacto direto nas famílias e nas instituições financeiras.
Em 2025, o cenário desse tipo de crédito no Brasil reflete uma combinação de fatores: redução gradual da taxa Selic, controle da inflação e maior competição entre instituições, especialmente com a entrada de fintechs e bancos digitais no mercado imobiliário.
Mesmo com um ambiente mais favorável, o custo do crédito habitacional ainda é fortemente influenciado por três variáveis principais: o risco do tomador, o tipo de financiamento e o perfil da instituição financeira.
- Risco do tomador: quanto mais sólido for o histórico de pagamento e a capacidade financeira do cliente, menor tende a ser a taxa aplicada. Instituições que utilizam ferramentas de análise preditiva conseguem filtrar bons pagadores e reduzir o risco médio da carteira, o que impacta diretamente o custo final.
- Tipo de financiamento: linhas de crédito atreladas ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH) costumam ter juros menores que aquelas do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), justamente por envolverem recursos públicos e limites regulatórios.
- Cenário macroeconômico: ainda que a Selic esteja em trajetória de queda, fatores externos podem influenciar o custo final do crédito imobiliário.
Qual o custo de usar o rotativo do cartão de crédito?
O rotativo do cartão de crédito é, historicamente, uma das modalidades de crédito mais caras do mercado. Ele entra em ação quando o consumidor não paga o valor total da fatura e decide quitar apenas uma parte. O saldo restante é financiado automaticamente pela instituição emissora, com juros que podem ultrapassar 300% ao ano, dependendo do perfil do cliente e da política do banco.
Esse alto custo se explica pelo nível de risco envolvido. Como o rotativo é um crédito de curto prazo e sem garantias reais, as instituições compensam o risco de inadimplência aplicando taxas de juros muito superiores às de outras modalidades. Além disso, a falta de controle financeiro dos usuários dessa linha aumenta a probabilidade de atraso, o que eleva ainda mais o custo médio.
Nos últimos anos, o Banco Central implementou regras para limitar o tempo de permanência no rotativo, obrigando as instituições a oferecer parcelamento com juros menores após 30 dias. Ainda assim, o impacto financeiro é significativo.
Como o score de crédito afeta o custo do empréstimo?
O score de crédito é um dos principais indicadores usados pelas instituições financeiras para avaliar o risco de inadimplência de um cliente. Ele representa, em números, a probabilidade de um consumidor ou empresa pagar suas dívidas em dia.
Clientes com score elevado costumam ter acesso a juros mais baixos, prazos mais longos e melhores condições de financiamento, porque representam menor probabilidade de perda para quem concede o empréstimo. Já os clientes com score baixo enfrentam o efeito inverso: taxas mais altas e restrições de crédito, reflexo do risco percebido.
Entretanto, depender apenas do score tradicional é insuficiente para uma análise completa. Ele considera o histórico de pagamento e algumas variáveis cadastrais, mas não necessariamente o contexto mais amplo do cliente, como vínculos profissionais, comportamento de consumo, estabilidade financeira e informações de conformidade.
É muito importante que empresas que concedem crédito contem com soluções de análise que vão além do score, cruzando dados cadastrais, mercadológicos e comportamentais para construir um retrato completo do cliente.
Isso permite identificar bons pagadores que, em modelos tradicionais, seriam classificados como de risco, e filtrar perfis com alta chance de inadimplência que passariam despercebidos.
Como posso encontrar o crédito com o menor custo para o meu perfil?
Tanto consumidores quanto empresas podem reduzir consideravelmente o custo do crédito quando têm clareza sobre seu histórico, comportamento e capacidade de pagamento.
O primeiro passo é conhecer o seu perfil de risco. Isso inclui analisar o score de crédito, o histórico de dívidas, o nível de comprometimento da renda e o comportamento de pagamento nos últimos meses. Quanto mais sólida e previsível for a sua relação com o crédito, melhores serão as condições oferecidas.
Em segundo lugar, é fundamental avaliar o CET e não apenas a taxa nominal. Muitas vezes, um empréstimo com juros aparentemente baixos pode se tornar mais caro quando esses custos são somados.
Outro ponto essencial é comparar ofertas de diferentes instituições. Cada banco ou financeira tem políticas próprias de risco e perfis preferenciais de clientes. Plataformas digitais e fintechs, por exemplo, tendem a oferecer condições mais personalizadas, especialmente quando utilizam tecnologia de dados para precificar com mais precisão.
Custo do crédito: como a TargetData pode ajudar?
A TargetData ajuda empresas que desejam reduzir o custo do crédito sem comprometer a segurança. Com tecnologia própria e acesso a uma das bases de dados mais completas e atualizadas do país, a empresa oferece soluções que identificam bons pagadores, validam identidades e reduzem o risco de inadimplência.
Por meio da plataforma TargetSmart, é possível integrar dados cadastrais, mercadológicos, comportamentais e de conformidade em um único ambiente de análise. Essa integração permite que as instituições enxerguem o cliente em 360°, compreendendo não apenas seu histórico de crédito, mas também seu contexto socioeconômico e vínculos financeiros.
Com isso, a concessão deixa de ser baseada em suposições e passa a ser orientada por dados precisos e atualizados, o que reduz o custo operacional, diminui perdas e permite a oferta de taxas mais competitivas para clientes de baixo risco. Além disso, a TargetData garante total conformidade com a LGPD, assegurando que todas as análises sejam realizadas de forma ética e segura.
Com dados confiáveis, sua empresa reduz a inadimplência, melhora margens e transforma o crédito em um motor de crescimento.
Quer reduzir o custo do crédito na sua operação? Entre em contato com a TargetData e descubra como usar dados inteligentes para tomar decisões mais seguras, rentáveis e alinhadas ao futuro do mercado financeiro.



