Aonde a tecnologia está nos levando? Lá é seguro?
Menos telas e cliques. Mais voz e automação. O frenético progresso da tecnologia, muitas vezes, nos deixa hesitantes acerca do está por vir. Por isso, é interessante ter em mente o que já está acontecendo e que, em breve, se tornará natural realidade.
Apesar de soar inviável, acabamos nos acostumando com o infinito volume de informações às quais somos expostos diariamente, produzidas, reproduzidas, distribuídas e compartilhadas por pessoas e empresas. Os mais diferentes assuntos viram pauta de discussão e conteúdo a ser consumido, e temas relevantes e necessários, como ativismo e impacto social, são trazidos à tona em qualquer situação. Nesse contexto, as empresas devem encontrar meios de criar diálogos com grupos diversos, bem como exercer seu posicionamento de fato, comunicando e trazendo produtos inclusivos.
Algumas dificuldades, porém, giram em torno das fake news e da falta de confiança nas instituições. As diferentes entidades precisam dar atenção a novas soluções e formas de comunicação, pensando além das estratégias de mídia tradicionais. Encarando o fato de que vivemos uma crise de identidade midiática e que um mundo pós-telas já é visualizado, é sagaz começar a imaginar a evolução dos atuais modelos de negócio. Realidade mista, interfaces por voz e aplicações úteis e inovadoras de inteligência artificial, por exemplo, são tecnologias já existentes que, num futuro não muito distante, estarão disponíveis para uso pelos múltiplos segmentos de mercado.
Essa vida sem telas é viabilizada pelo ligeiro desenvolvimento da inteligência artificial, que ultrapassa a aceleração da internet nos computadores e celulares. O que se enxerga é a substituição das telas tradicionais por novas interfaces como pulseiras, óculos e relógios que se baseiam numa interação mais falada e menos visual. Segundo Christopher Ferrel, diretor de estratégias digitais da The Richards Group, 50% das pessoas em países industrializados terão interação por voz em 2021.
Assim, a IA se posiciona como uma das ferramentas ideias para a criação de soluções urbanas, de forma a direcionar os esforços no cidadão usuário, não mais na cidade consumidora. Ações triviais, como usar um celular, navegar na internet, fazer compras online ou utilizar aplicativos, são viabilizadas por modelos, mesmo que minimamente complexos, de Machine Learning, outro termo participante dessas discussões. E essas máquinas que aprendem eminentemente e interagem com o ser humano são movidas por volumes colossais de dados, os quais orientam empresas a tomar decisões e usuários a utilizar produtos e serviços através da inteligência artificial.
Afinal, são muitos debates, variáveis, circunstâncias e dimensões para serem compreendidos e levados em conta acerca das tecnologias emergentes. De fato, mais dados geram mais insights úteis para os negócios e atividades humanas, mais oportunidades de empreendimentos, de lucro e de demanda. Todos esses dados, captados no início, meio e final dos processos, fomentam a capacidade das máquinas de processar e aprender, causando seu desenvolvimento progressivo. Agora, a questão que fica é: até que ponto a relação homem-máquina será considerada saudável e segura para que os âmbitos da sociedade se mantenham equilibrados?
Ivana Avellar
Marketing e Produto
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