Como a cultura Data Driven pode impulsionar os negócios
Um dos termos mais quentes do momento envolve um dos maiores ativos ligados às companhias: Big Data. Como prova disso, uma estimativa da Gartner aponta que, até 2021, as organizações passarão a ser valorizadas de acordo com seu portfólio de informações. Nesse sentido, o modelo de cultura Data Driven será cada vez mais utilizado. Seu princípio é a tomada de decisões com base na análise de informações, mas, para isso, a empresa deve colocar seus dados no centro de todo o planejamento de negócio. Estas informações podem ser coletadas e utilizadas para diversos propósitos, como geração de insights, leads e engajamento.
Porém, nem tudo é tão simples. Dados escassos ou imprecisos geram custos e perdas financeiras, comprometendo as ações da empresa. Segundo Paulo Martins, diretor comercial da TargetData, um bureau de informações, “capturar os dados em todos os canais de contato com o cliente, seja via call center, site, apps ou ponto de venda é fundamental para as empresas armazenarem informações para futuras ações de marketing de relacionamento”. Assim, quem não tiver capacidade de obter, traduzir e analisar diversos tipos de dados, encontrará dificuldades para estabelecer uma régua de comunicação personalizada com seus consumidores finais.
Independentemente do tipo de negócio, o conceito principal dessa cultura é usar dados para obter insights preciosos e tomar melhores decisões. Há alguns pontos que podem ser trabalhados dentro de uma empresa para que ela se torne data-driven. Inicialmente, é essencial a democratização dos dados. “A democratização e a facilidade de acesso às informações, a qualquer hora e lugar, pelas principais áreas estratégicas da empresa, será um fator decisivo para a competividade das organizações de todos os portes e segmentos de atuação”, comenta Martins. Os colaboradores devem ter aceso a todos os dados possíveis, com exceção dos mais sensíveis. Isso os empodera e reduz as barreiras para tomar decisões.
Em seguida, é fundamental que haja comunicação interna. Tudo que possa ser utilizado para transmitir dados de maneira efetiva dentro da empresa é útil. As pessoas, para encontrar sentido e relevância nos dados, precisam ter contato com eles, portanto, comunique-os, seja através de reuniões, panfletos, chats ou quadros de avisos. Nesse contexto de democratização, outro ponto importante é o engajamento. Um dos pilares do Data Driven é que não pode haver uma opinião que prevaleça sobre as outras. A cultura orientada a dados começa na base, e o ponto de vista de todos deve ter o mesmo peso.
Finalmente, a tomada de decisão propriamente dita deve ser um processo baseado em informações. Assim como consumidores fazem pesquisas através de diversos canais antes de realizar uma compra, as empresas devem unir sua experiência com os dados existentes para tomar decisões estratégicas. Caso não haja uma íntegra e completa base de informações, é preciso incorporar soluções de coletas de dados, sendo necessário compreender o grande valor que pode ser obtido desse ativo tão importante e, então, incorporar uma cultura voltada à dados em todas as áreas da empresa.
Ivana Avellar
Marketing e Produto
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